Entre os dias 15/04 e 13/05, o Grupo discutiu parte do livro “A Cultura de Massas no século XX, Vol 1 – Neurose, escrito por
Edgar Morin...
Para Edgar Morin, “a cultura de
massas, durante os anos 60-65, estendendo seus poderes sobre o mundo ocidental,
produz industrialmente os mitos condicionadores da integração do público
consumidor à realidade social. Neurose tem aqui não somente o sentido de um mal
do espírito, mas de um compromisso entre esse mal e a realidade, através de
fantasias, de mitos e de ritos”.
Abaixo
seguem alguns elementos destacados por membros do grupo, responsáveis pela
sistematização dos capítulo da obra...
“Nos capítulos “A felicidade”, “O
Amor” e “A Promoção dos valores Femininos”, Morin (2011) apresenta as
transformações desses conceitos ao longo da história. O cinema, a mídia
impressa e o mercado de consumo aproximaram tais temáticas, de modo que a
felicidade encontra-se no amor, no ato de consumir e, a promoção dos valores
femininos (meiguice, doçura, delicadeza), marca a entrada da moda nas massas e
as práticas de embelezamento, que se tornam mecanismos da conquista do grande amor
e da felicidade”.
(Michely Calciolari)
Nos caps. 4, 5 e 6 do livro Cultura de Massa do
século XX, de Edgar Morin, a doutoranda Fernanda Amorim Accorsi iniciou sua
apresentação com a seguinte citação " A cultura de massa é média em
sua inspiração e seu objetivo, porque ela é a cultura do denominador comum
entre as idades, os sexos, as classes, os povos [...]" (MORIN, 2011, p.
42).
As discussões do grupo permearam temas como a
fabricação e padronização da cultura advinda dos meios de comunicação, uma vez
que existem diversas correntes culturais que são capazes de chocar, como no
caso da contracultura, mas também homogenizar e misturar pensamentos e ideias
como na corrente média.
Foi problematizada, ainda, a cultura de lazer, a
qual, sob a ótica de Morin (2011), ocorre com um desligamento do trabalho,
voltando-se para festas entre outras atividades que possuem maior teor físico
do que intelectual. Para o autor, "[...] os lazeres abrem horizontes do
bem-estar, do consumo e de uma nova vida privada" (MORIN, 2011, p.
59).
(Fernanda Amorim Accorsi)
“Em OS OLIMPIANOS
(Cap. 10), Morin estabelece relações entre os homens e mulheres comuns e
aqueles que são celebrados por meio da cultura de massa. Essas últimos são os
artistas, astros de cinema, campeões e príncipes, aos quais Morin se refere por
olimpianos. A comparação faz menção aos deuses gregos que viviam no Monte
Olimpo.
Em O REVÓLVER (Cap.
11), o autor discute sobre a identificação e o interesse que os jovens têm com
os vilões e com a violência difundida principalmente pela televisão. Para além
dos filmes que simulam atos de agressão, as tragédias, acidentes e catástrofes
são vedetizadas pelas notícias e reportagens jornalísticas. Morin levanta
hipóteses de que ao mesmo tempo que a exposição à violência estimula atos de
violência, apazigua-os, em um movimento de catarse.
Em O EROS QUOTIDIANO (Cap. 12), ressalta o
erotismo intrínsecos às imagens da cultura de massa. Conforme o autor, por meio
das campanhas publicitárias, os produtores enfatizam a sensualidade feminina.
Pernas, seios, colo, caras e bocas são expostas de modo a associar o produto
com atributos sexuais”.
(João Paulo Beliscei)
Abaixo seguem alguma fotos do grupo nos dias de discussão do Neurose...