quinta-feira, 22 de maio de 2014

Defesa do nosso amigo "ANTENA"

O Antena entrou para o nosso grupo em março de 2012, lembram? Infelizmente por conta de novas normas da CAPES em relação a quantidade de orientandos/orientador precisou se afastar do nosso GEPAC.  Por sorte acabou desenvolvendo seu trabalho com a profa. Verônica com a qual seu projeto tinha grande afinidade... 

Acabou que no dia 13 de maio de 2014 tivemos a defesa da dissertação do "Antena". Trata-se de um belo trabalho do qual a profa. Geiva foi banca junto com o prof. João Geraldo/UEL. Seu trabalho investigou as representações sociais sobre capoeira por parte de alunas/os praticantes e não-praticantes dessa atividade e professoras/es de Educação Física. 

Entre outros aspectos, os resultados mostraram a existência de polifasia cognitiva sobre a capoeira, ou seja, os sujeitos da pesquisa manifestaram mais de um sentido de capoeira ao mesmo tempo: ora jogo, ora luta, ora folclore... Além disso, a capoeira mostrou-se uma atividade difícil de ser reduzida a uma só definição! Logo, logo a dissertação poderá ser acessada no sítio do PPE, aproveitem a leitura. 


Sobre o XV Simpósio da ANPEPP - Bento Gonçalves/RS

Entre os dias 6 e 9 de maio nossa colega Lilian e a profa. Geiva estiveram presentes no último encontro do grupo de trabalho-GT Desenvolvimento, Saúde e Educação sob a perspectiva da Epistemologia Genética, liderado pelo prof. Sávio Queiroz/UFES (antes liderado pelo prof. Lino de Macedo/USP). 

Durante o evento as/os integrantes do GT apresentaram suas linhas de pesquisa e Lilian teve a chance de por em discussão seu projeto de doutorado. Os colegas fizeram vários apontamentos que a ajudaram a refletir sobre a pesquisa em andamento. 

Ao final do evento o grupo decidiu se dedicar a três frentes de pesquisa durante os próximos dois anos até o novo encontro: formação de professores, representações de si e jogos divididos entre os integrantes. Sobre este último tema até o final deste ano a publicação de um livro com a participação deste GT/ANPEPP. O GEPAC estará representado nas linhas de formação de professores e jogos durante este período sob a coordenação da profa. Geiva.






Neurose... Edgar Morin

Entre os dias 15/04 e 13/05, o Grupo discutiu parte do livro “A Cultura de Massas no século XX, Vol 1 – Neurose, escrito por Edgar Morin... 


Para Edgar Morin, “a cultura de massas, durante os anos 60-65, estendendo seus poderes sobre o mundo ocidental, produz industrialmente os mitos condicionadores da integração do público consumidor à realidade social. Neurose tem aqui não somente o sentido de um mal do espírito, mas de um compromisso entre esse mal e a realidade, através de fantasias, de mitos e de ritos”.

Abaixo seguem alguns elementos destacados por membros do grupo, responsáveis pela sistematização dos capítulo da obra...


“Nos capítulos “A felicidade”, “O Amor” e “A Promoção dos valores Femininos”, Morin (2011) apresenta as transformações desses conceitos ao longo da história. O cinema, a mídia impressa e o mercado de consumo aproximaram tais temáticas, de modo que a felicidade encontra-se no amor, no ato de consumir e, a promoção dos valores femininos (meiguice, doçura, delicadeza), marca a entrada da moda nas massas e as práticas de embelezamento, que se tornam mecanismos da conquista do grande amor e da felicidade”.

                                                                                 (Michely Calciolari)


Nos caps. 4, 5 e 6 do livro Cultura de Massa do século XX, de Edgar Morin, a doutoranda Fernanda Amorim Accorsi iniciou sua apresentação com a seguinte citação " A cultura de massa é média em sua inspiração e seu objetivo, porque ela é a cultura do denominador comum entre as idades, os sexos, as classes, os povos [...]" (MORIN, 2011, p. 42). 

As discussões do grupo permearam temas como a fabricação e padronização da cultura advinda dos meios de comunicação, uma vez que existem diversas correntes culturais que são capazes de chocar, como no caso da contracultura, mas também homogenizar e misturar pensamentos e ideias como na corrente média.

Foi problematizada, ainda, a cultura de lazer, a qual, sob a ótica de Morin (2011), ocorre com um desligamento do trabalho, voltando-se para festas entre outras atividades que possuem maior teor físico do que intelectual. Para o autor, "[...] os lazeres abrem horizontes do bem-estar, do consumo e de uma nova vida privada" (MORIN, 2011, p. 59).
                                                                                                               (Fernanda Amorim Accorsi)



“Em OS OLIMPIANOS (Cap. 10), Morin estabelece relações entre os homens e mulheres comuns e aqueles que são celebrados por meio da cultura de massa. Essas últimos são os artistas, astros de cinema, campeões e príncipes, aos quais Morin se refere por olimpianos. A comparação faz menção aos deuses gregos que viviam no Monte Olimpo.

Em O REVÓLVER (Cap. 11), o autor discute sobre a identificação e o interesse que os jovens têm com os vilões e com a violência difundida principalmente pela televisão. Para além dos filmes que simulam atos de agressão, as tragédias, acidentes e catástrofes são vedetizadas pelas notícias e reportagens jornalísticas. Morin levanta hipóteses de que ao mesmo tempo que a exposição à violência estimula atos de violência, apazigua-os, em um movimento de catarse.

 Em O EROS QUOTIDIANO (Cap. 12), ressalta o erotismo intrínsecos às imagens da cultura de massa. Conforme o autor, por meio das campanhas publicitárias, os produtores enfatizam a sensualidade feminina. Pernas, seios, colo, caras e bocas são expostas de modo a associar o produto com atributos sexuais”.
                                                                                                                                   
                                                                                                                                  (João Paulo Beliscei)

Abaixo seguem alguma fotos do grupo nos dias de discussão do Neurose...




Texto de qualificação João Paulo..

No dia 08/04 nossa reunião se concentrou na apresentação do texto de qualificação “Cultura visual e formação docente” do mestrando João Paulo Beliscei. Na discussão refletimos acerca do ensino de arte e a alfabetização visual. Pudemos mergulhar no estudo realizado por ele como fruto de seu percurso como professor da disciplina de arte no ensino básico e superior. Conhecemos um pouco mais de sua história, a forma como foi construindo seu olhar sobre seu objeto de estudo.

Outro aspecto destacado no trabalho de João foi a forma como organizou sua metodologia...


Parabéns João!!!








Sobre metodologia científica...


Seguindo nosso cronograma de estudos, nos dias 18, 25 de março e 1 de abril nos reunimos para discutir metodologia científica. Foram discutidos os textos Olhares... (Veiga Neto), Descaminhos (Maria Isabel Edelweiss Bujes) e Sobre o etnógrafo-turista e seus modos de ver (Luís Henrique Sacchi dos Santos).


A coordenação dessas discussões ficou a cargo dos integrantes do grupo – Lilian Alves Pereira, Samilo Takara e João Paulo Beliscei. 

Desse processo de estudos, destacamos que os diferentes olhares propostos pelos textos que compõem a coleção caminhos investigativos, tem auxiliado decisivamente a construção metodológica de nossos trabalhos...